segunda-feira, 22 de abril de 2024

Entre amor e odio


E de braços dados você passa ao meu lado com ela.
-Quem realmente é o errado nesta historia?
-Eu que me apaixonei ou você que se deixou permitir?
Somos como faíscas que não se podem ficar próximas, e como evitar não te vê?

Nos evitamos nos escondemos e de repente surgimos ao mesmo tempo na mesma direção como fantasmas na vida um do outro.

Você evita me olhar, mas e tão inevitável pois nossos caminhamos se cruzam inesperadamente naquela avenida e eu apenas tento disfarçar a minha solidão e a minha dor em meio ao desejo de te tomar para mim. Sabe quando destino conspira contra tudo, foi assim conosco dês do inicio, você que me olhava com desejo hoje apenas me transparece um olhar vago.

-E ele que chegou para me intimidar e afastou você de mim, ele que apenas te colocou de volta aos trilhos. Mas te olhando percebe-se que me queres, e deseja tanto sair sem pretensão de retorno.

Me conformei com esses dias chatos e parece que vai piorar com esses desfiles sem fim em câmera lenta, ela apenas esbanja seu troféu para mostrar que você é dela. E você vivendo na sua prisão particular sem amor. Eu poderia te odiar mas eu não consigo nem te esquecer, agora eu fico me perguntando até quando vou suportar esse teatro em que vivo.

E ontem?

Quando parte da vida está contra você outra conspira ao favor, e foi assim que aconteceu naquela rua estreita em um cruzamento, você surgiu na curva enquanto eu atravessava a rua, foi tão rápido que não podemos nem disfarçar o susto de nos reencontramos, mas eu seguir adiante e você foi embora. O meu coração disparou assim que te viu e foi como reviver todos os dias ao seu lado foi como estar em todos nossos encontros aquela faísca da paixão. Como eu vou te esquecer?

Os dias me torturam me cansei de todo esse espetáculo, perdi a batalha contra mim mesma, acabei pedindo demissão do meu emprego, se te esquecer é meu remédio eu preciso da cura imediata. Trabalhei e me despedia da sua presença, sobre aqueles dias e foi até o ultimo onde eu deixei para trás lembranças de um passado de ilusões. Caminhei pelas ruas e entrei naquela rua estreita não nos esbarramos e ao continuar caminhando ia deixando os meus pés deixarem a poeira que me seguiu durante meses e parei naquele ponto de ônibus e me sentei e esperei chegar o carro da esperança. E foi então que você passou de carro parecia bem sorria enquanto dirigia você parecia está bem, acho que a cura para você já havia chegado agora era aminha vez.

Enquanto eu fiquei lá parada naquele ponto esperando a partida da esperança que não chegava veio a chuva forte e céu estrelado ficou nebuloso e sombrio, todos os carros chegavam e as pessoas partiam e o meu parecia ter se esquecido da sua rota, foi então que o sinal fechou e eu resolvi atravessar aquela avenida e de repente entre aqueles carros em faros altos você desceu sobre a chuva e eu assustada com aquela cena fiquei sem reação, você me pegou pelo braço e me arrastou para dentro do carro e entre as buzinas causou maior tumulto no transito, você dirigiu sem destino certo e eu ainda assustada não sabia o que dizer? e foi então que você encostou o carro em um rua comercial ainda com as luzes baixas e sobre a chuva forte, de repente você se descontrolou e começou a bater no volante e xingar ( droga, droga, droga que droga Luar) por que isso esta acontecendo? o que eu estou fazendo?

Eu fiquei ali te olhando e por mais que te quisesse você não tinha mas certeza alguma do que queria havia ali perdido toda a razão. Abrir a porta do carro e sair naquela chuva caminhando naquela rua sobre poucas luzes, você havia tomado uma decisão e eu só tinha que continuar seguindo sem olhar para trás e foi assim que aconteceu, você deu a volta e foi embora e eu naquela chuva caminhei até o ponto, e todo espetáculo se encerrou naquela noite. Meu telefone não parava de tocar e foi então que resolvi desligar e de repente o carro da esperança surgiu e eu entrei, o caminhou foi de reflexão até chegar em casa.

Não derramei uma lagrima nem fiquei a me lamentar, apenas parece que a cura veio inesperada ou estanquei com curativo. Os dias comuns chegaram assim como um nova paixão surgiu e deixei acontecer sentimentos simples em gestos bons. Não era como você e eu mas tinha uma entrega, no aniversario de um mês de namoro ele me levou para conhecer a sua família e foi lá que o mundo desabou, o que era para ser especial se tornou um confronto. Novamente nos reencontramos eu e ela e toda sua família a qual era família do meu atual do meu namorado, era basicamente um conflito familiar aquele almoço parecia uma demonstração de que tudo estava prestes a desmoronar, parecia algo armado um novo espetáculo eu fingia ser uma jovem atriz enquanto os protagonistas atuavam, mas não demorou muito para vim a tona toda trama. Ela me trouxe ao seu covil para me mostrar que es dona de um jogo.

Percebi que fui enganada ou no fundo me deixei permitir por tua ausência e minha carência? Tanto faz não esperei mas para me dispersar da trama, e sair daquela casa eu estava sufocada e ao abrir a porta me bati com você que chegava, sair pelo corredor andando rapidamente e desci as escadas entrei no carro que me aguardava e retornava para casa. Eu tento te esquecer mais parece que ela não consegue me deixar em paz ela busca uma vingança sem fim.

Enquanto o carro seguiu seu roteiro você parou na lateral e pediu para motorista encostar, e foi quando ambos pararam e você abriu a porta nervoso e me tirou de dentro o motorista veio e tentou me defender mais eu pedir para ele não interferir e paguei a corrida, entramos no seu carro e você dirigiu até o estacionamento do restaurante assim que paramos você me olhou e perguntou o que eu fazia lá? parece que eu estava errada, errada por não ter feito nada eu fui enganada, usada, humilhada e exposta e ainda tinha que dar satisfação. Mas eu estava tão cansada que não conseguir dizer nada apenas comecei a chorar e depois o pedir para esquecermos de uma vez de nossas lembranças.

- Como eu vou te esquecer Luar se você está o tempo todo em minha frente por onde eu vou? Então você quer que faça? que suma de vez? Claro que não Luar!

Então não me peça mais o que não posso fazer, eu já me afastei o suficiente eu segui em frente. Mas ela nunca vai me deixar em paz, ela nunca vai esquecer de mim, então por que eu estou tentando lutar contra? já que não tenho escolha se não confronta-la.

Chega de mentiras, você e eu bem sabemos o que realmente queremos, nossos corpos são como brasas acesas, por que fingir ou fugir se nos desejamos? Ela que está entre nossa paixão? decidir que será como antes, eu nunca fui a outra eu sempre fui a única em sua vida, a única que seu coração e seu corpo aceita e se permite viver.

Eu ele e ela ou a outra, como definir nosso relacionamento? Ao meu lado você vive, você sente paixão os dias sem mim são frios e secos, passamos um do lado do outros e não conseguimos mas disfarçar as faíscas, ela que vive sobre a minha sombra pois de você eu tenho tudo. O que é conviver sem amor isso é suficiente para ti? pois tudo que ele tem entrou a mim.

Decidir não tentar mais te esquecer e não evitar mais você, decidir que quero você e se for para viver um inferno que seja ao seu lado. Eu sinto o gosto do seu beijo e tuas mão quentes tocando meu rosto e meu pescoço a me acariciar, você voltou para mim naquela tarde e com toda paixão possessiva você me dominou em um simples toque, me tens em suas mãos e eu não consigo fugir me rendi essa fuga que criamos a esse pequeno erro que foi o encaixe de um quebra cabeça, sobre todas as tardes e sobre todas as fugas para nos vermos tudo é transparente, jogamos todas as cartas e evitar só fez reacender mais ainda a brasa que agora queima ardentemente nossos corpos.

-Você é o erro que tive mais prazer de cometer!
E como você me disse: Não posso evitar e inevitável!

Foi você que terminou e foi você não conseguiu ficar longe de mim e por lutar contra maré decidimos navegar sobre o mar.

Autora Laise Leite

Os textos aqui escritos são inteiramente sobre a minha linha de pensamento particular. Os direitos autorais aqui são reservados a Laise Leite, não publique sem autorização.

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