Estendi a minha mão sem ao menos entender as ações. Foi quando de fato me surpreendi?
Ele foi colocando um anel sobre meu dedo, sem dizer nada as suas ações o seu olhar transpassava a calma e sinceridade uma serenidade de que tudo estava bem e de que ali era o meu lar.
Ele não disse nada somente sorriu e segurou minha mão firme e então caminhamos. Acho que foi uma maneira de expressar seu amor e entregando ao mundo verdade. Entre todos os sentimentos que sentia naquele momento me entreguei a felicidade, meu melhor amigo agora era o meu amor. A surpresa dos detalhes me tomava o fôlego, os pensamentos e as dúvidas me cercavam, quando começou a surgir esses teus sentimentos? e quando eu comecei a transparecer os meus sentimentos? quando foi que comecei a gostar de você?
Sempre levamos nossa amizade tão a sério tínhamos esse elo que nós prendíamos um ao outro éramos como complementos de uma fórmula. Tivemos nossas paixões e partilhamos desses nossos desencontros, será que tomamos por si no seu último relacionamento ou foi quando trocamos um beijo naquela brincadeira entre amigos? Nós perdemos e nos encontramos nada mudou dês daquele dia nossa amizade era a mesma, mas volta e meia eu pensava em você e te via todos os dias partilhar amor a outra pessoa, cheguei a pensar que estivesse ficando louca de me deixar levar por essa obsessão.
Que sentimentos eu tinha por ti? Quantas vezes me questionei? Não sabia responder nenhuma pergunta só me deixei levar, levar a minha vida a minha rotina e sustentar a nossa amizade do nosso jeito. Mais aos poucos sentir que a distância fazia moradia e amizade ia se perdendo, e quando chegou a primavera eu te revi quando saia de casa me deparei com você no mesmo corredor com ela, estávamos tão pertos e existia um abismo entre nós. Nós falamos naquela manhã e eu seguir adiante, desci as escadas e caminhei pensando como foi estranho te rever a solidão me tomou o peito caminhei até a padaria e enquanto pedia os pães eu me perdia em pensamentos aleatórios sei lá o que acontecia comigo, quando dei por mim falava sozinha as pessoas me olhava e o padeiro que ficou ali me esperando sair do meu mundo aleatório, pedir desculpas e mais uma vez enquanto pagava o pão eu me perdi, sair da padaria naquela manhã envergonhada e caminhando de volta para casa eu só queria esquecer meus constrangimentos alheios e foi então que de repente surgiu uma chuva no meio do caminho comecei a correr tentando me esquivar e tentando não molhar os pães tentava apenas proteger sacola enquanto corria para fugir daquela chuva eu não sei só me vi de repente no chão após escorregar cair ralei os dos joelhos e cotovelos os pães caíram no chão eu estava enxarcada da poça de água suja, fui tentando me levantar aos poucos do susto e continue a caminhar na chuva até chegar em casa, a cada passo subindo as escadas eu me sentia envergonhada e cheia de dor só queria chegar em casa depressa e tomar um banho, comecei a chorar e não sabia mais o que doía em mim, me vi como uma criança separada da mãe.
Quando fui chegando nos últimos degraus da escada você vinha descendo e ali nos confrontamos de frente eu toda enxarcada e suja com joelhos e cotovelos ralados, eu parei de subir assim que te reconheci pelas sandálias eu estava envergonhada e triste de repente aquele dia virou entediante. Continuei subir as escadas sem consegui levantar meu rosto andei depressa para abrir a porta e após entrar no apartamento corri para banheiro, e debaixo do chuveiro me joguei esqueci da dor, naquele instante eu só continha vergonha. Assim que sair do banho fiz os curativos e me deitei na cama parei uns minutos e fiquei pensando na vida, acabei dormindo e acordei com a campainha a tocar me levantei e fui abrir a porta e de repente era você.
Na minha frente estava a pessoa a qual eu não conseguia olhar mais nos olhos, você apenas me abraçou forte e eu desabei em lagrimas e mais uma vez como a uma criança buscando colo eu me comportei. Você não disse nada só continuou ali perto de mim, naquele abraço morava amor, não sei quanto tempo ficamos ali parados nem por que eu chorei tanto daquela forma, mais no fundo de tudo aquilo eu sentia uma profunda saudade, saudade de você.
-Quando foi crescendo nossos sentimentos? acredito que foi aos poucos!
Depois daquela noite o silêncio voltou ser mais persistente e foi nesse nosso silêncio que transparecemos nossos sentimentos, mas eu levei como nossa amizade e você navegou. Fomos reconstruindo os laços que nos separaram e afastando nossas incertezas deixamos bailar o que tínhamos de precioso nossa amizade. Mais nos perdemos tantas vezes nesse sentimento. Como naquele dia que decidimos no caminho tomar sorvete e sentamos na praça naquele balanço rimos e você me sujou de sorvete e corremos ali feito crianças no parque e caímos ao chão rimos atoa naquela areia branca do parquinho ficamos olhando para o céu, levantamos sujos de areia e limpamos aquela areia da nossa roupa, e foi quando de forma delicada você tirou uma folha que se prendeu dos meus cabelos, meu rosto ficou vermelho e quente, você sorriu e então fiquei envergonhada, você para descontrair bagunçou meu cabelo e então correu, eu sai correndo atras de ti e então você parou e foi quando eu cansada te alcancei e você segurou meus braços e me abraçou e rimos, ali sem querer eu me sentia em paz.
Mais nada era para sempre, meio nossos sorrisos ela surgiu e te chamou, ali parada nos olhando a sua expressão dizia muito mais que palavras você estava irritada demostrava insatisfação, e você meu amigo nem se despediu correu para os braços de sua amada e lhe abraçou, ela me olhou profundamente e você se virou e se despediu com um tchau ou um adeus. Caminhei sozinha até o prédio, subir as escadas com peso de cem anos no meu corpo, enquanto subia aquelas escadas pensava na minha vida, então tomei a decisão e foi quando no meio da escada estava o Julian a me esperar sentado sobre o degrau quando ele me avistou se levantou, fui pega de surpresa nem sabia como reagir, ele me abraçou e segurou a minha mão pensei em me desprender mais fui aceitando suas mãos entrelaçarem meus dedos fomos caminhando até meu apartamento e ao abrir a porta ele me roubou um beijo e ali resolvi me dá uma nova chance. Era por volta de três horas da manhã quando a campainha tocou, me levantei às pressas estava sonolenta abrir a porta do jeito que estava e me deparei com você desesperado e ofegante, só me olhou e quando pensou em dizer algo se deparou com o Julian o silencio fez moradia e depois daquele dia as nossas páginas foram reescritas.
Nos encontrávamos no trabalho nos corredores e nas ruas e falávamos quando queríamos falar, nos evitamos até nos elevadores. Por isso eu pergunto quando foi que tudo começou? Foi quando nos perdemos ou foi quando fomos roubados?
E hoje?
Eu trabalhei até mais tarde e quando sair me deparei com você, mais fomos pego pela chuva intensa que caia ela nos prendeu, presos na porta do prédio da empresa esperando o tempo cessar, ali só a chuva caia do céu o silencio apenas era conforto, por fim o tempo passava e aquela chuva parecia não ter um fim, decidir então tirar os sapatos e caminhar na chuva seguir em direção ao ponto de ônibus, quando estava bem distante olhei para trás e você estava ali parado inquieto olhando apenas a chuva.
Ao chegar no ponto de ônibus me sentei e fiquei ali descalça o vento que passava me congelava não avistava ônibus só apenas luzes, a chuva foi cessando enquanto esperava apenas um ônibus, quando apenas pensei em desistir e resolvi chamar um taxi, você chegou e me cobriu com seu casaco e me fez sentar novamente e ali se sentou ao meu lado, por que tudo estava como aquele vento frio, ali pensei em te perguntar por que fizemos do silencio e escuridão? Mas eu tinha medo até de perder o silencio.
Você pegou meus sapatos e calçou em meus pés enquanto eu tremia de frio você me levantou e apenas me abraçou para me aquecer. De repente avistei o ônibus, mas você não me desprendeu um minuto de você, entramos no ônibus e você sentou-se ao meu lado eu que espirrava você colocou minha cabeça sobre teus ombros e deixou o nosso ponto passar despercebido, descemos bem distantes de casa e enquanto caminhávamos você segurava minhas mãos, quando chegamos no prédio cada passo ao subir as escadas era despedida até que dizemos finalmente um thau.
Entrei no apartamento e o Julian não estava lá, em cima da mesa continha um bilhete informando que ele precisou fazer uma viagem urgente. No dia seguinte no caminho do trabalho eu te encontrei e nos cumprimentamos pegamos aquele elevador sozinhos e você direcionou para a cobertura eu fiquei completamente confusa, e quando por fim o elevador parou você segurou a minha mão e me arrastou até aquele vazio aquele silêncio longe do mundo e a vista do Deus que habitavam o céu.
-Eu só me permitir, aquele dia nossas vidas mudavam e começamos a caminhar juntos, meus medos permanecia a crescer dentro de mim!
“Estávamos namorando”
Mais, ontem tudo mudou comecei a sentir um incomodo e uma exaustão enquanto eu levava o rosto no banheiro meu celular despertou e veio a seguinte lembrança aniversario do Julian. Fui tomada pela dúvida e pela ansiedade, na hora do almoço fui até a farmácia e comprei o teste de gravidez e de volta ao trabalho eu corri para banheiro e lá eu queria tirar peso que habitava dentro mim.
-Enquanto eu esperava o coração se torturava...
Tomei coragem e abrir os olhos e me deparei com resultado inesperado, as lagrimas escorrendo e a notícia inesperada. Respirei fundo e tentei me controlar voltei para o trabalho e assim que terminei o expediente sair às pressas, peguei um taxi em sentido a clínica e lá mais uma vez eu escutei o que já sabia, eu tentei me acalmar mais só conseguia chorar meu telefone tocava sem parar e eu apenas deixei passar todas as ligações até chegar em casa e lá na porta está você a me esperar.
Você me segurou e me trouxe para teu apartamento eu não conseguia dizer nada e quando você me perguntou sobre o que eu tinha? Eu abrir a bolsa e retirei o exame. Você abriu e lendo o resultado me abraçou, nunca tinha te visto chorar daquela maneira me desprendi de teus braços e olhei em seus olhos e você me pediu para não dizer adeus? Me fez prometer que eu nunca contaria a verdade que caminharíamos juntos e que ele seria o pai do meu filho. Eu apenas aceitei omitir toda essa verdade, e esse era o nosso maior segredo.
Tantas coisas aconteceram depois daquela decisão, nos casamos tivemos outros filhos mais a culpa morava dentro de mim, cada vez que olho para nosso filho eu me sinto a pior pessoa do mundo. O Julian nunca aceitou a forma a qual terminamos passamos um tempo sem nos falar mais depois de alguns anos conseguimos nos olharmos e nos cumprimentarmos. Ele nunca conseguiu se casar e nem teve filhos, acredito que a minha culpa pesava mais pelo fato de me sentir uma pessoa que destruía e tirava a única coisa que o faria feliz, o nosso filho Bryan.
O Bryan tinha a cor dos olhos do Julian, azul como o céu, o Julian nunca tinha visto o Bryan em nenhuma ocasião enquanto ele esteve por aqui na cidade, mais dia vinte de outubro tudo aconteceu de forma inexplicável enquanto o Bryan ia para faculdade seu carro quebrou no meio da estrada e único carro que passou no exato momento foi o do Julian. O Bryan estava se tornando um homem admirável a cada dia ele nos surpreendia em detalhes suas qualidades encantavam, o Henrique tinha um apreço muito especial pelo Bryan eles eram muito unidos, eles possuíam a mesma conexão tudo era genuíno. Mais todo esse nosso círculo estava por um fio a ser desatado o nor, aquela estrada rompia as nossas mentiras de dezoito anos. Quando aquele carro parou em frente à minha casa e o Bryan desceu e em seguida o Julian caminhou ao seu lado meu coração acelerou eu perdia as forças o Julian me olhava profundamente nos olhos e foi quando o Henrique abriu a porta e se deparou com o nosso maior segredo.
O Bryan apenas disse: Mãe esse é o Senhor Julian ele me ajudou na estrada o meu carro quebrou, me segurei para não desabar e quando o Bryan passou por mim as lagrimas escorriam sem dizer nada, o Henrique agradeceu ao Julian, e o Julian parado observava surpreso toda aquela situação inesperada, ele não disse nada apenas entrou em seu carro e dirigiu.
A culpa nos cercava, peguei as chaves do carro e dirigir até praia onde sabia que ia encontrar o Julian e quando ele me avistou esperou até eu me aproximar e quando por fim cheguei perto ele me disse: Sempre fiquei imaginando como seria vê uma criança correr pela casa os seus primeiros passos a primeira vez no colégio e quando ele me falasse de suas histórias sempre tive inveja de todos, até tive de você, eu nunca procurei ver os rostos de seus filhos mesmo depois de tudo que aconteceu eu acreditei que você fosse verdadeira, mais hoje eu descobrir que não bastava as decepções daquela época ainda teria mais.
Olhando todo meu passado eu tive que refletir bastante para acreditar, e cheguei à conclusão que vive uma mentira. Vocês roubaram de mim tudo que sempre desejei ter, vocês roubaram de mim a chance de viver ensinar amar cuidar proteger ouvir. Deveria estar com raiva, mas eu não consigo eu partilhei um momento ao lado dele hoje, mais quando desci daquele carro que olhei nos olhos daquele rapaz e em seus traços eu me vi jovem, confesso que levei um susto, mais achei que fosse coisas da minha imaginação, até que vi uma foto sua no carro. E foi quando tudo desmoronou e seu castelo de mentiras a vida trouxe para mim.
E agora? O que você pretende dizer? Ou Fazer?
Quem foi errado nessa história foi o Henrique ou foi você? Na verdade, os dois mais de quem foi a ideia de me roubar a chance? Fala?
-Eu posso te explicar, foi única coisa que conseguir dizer.
Eu estou ouvido,
-A culpa foi realmente minha Julian!
Será?
Não importa mais quem errou? Eu só quero que ele saiba quem sou.
-Como?
Como você achar? Se vocês não contarem eu vou dizê-lo
Sair daquela praia pensando em como iria dizer ao Henrique que estávamos sem escolha. Dirigir até em casa e quando cheguei o Henrique estava me esperando na sala e fomos então até para escritório e lá eu despejei tudo que estava preso, o Henrique estava inconformado mesmo não querendo admitir ele tinha medo de perder o amor do Bryan, mal conseguimos dormir aquela noite.
Na tarde do dia vinte um de outubro marcamos de sair com o Bryan para jantar e dirigimos até a praia tinha um restaurante bem próximo enquanto conversávamos e bebíamos o Julian chegou, foi constrangedor aquela situação, eu pedir a conta e então me levantei saímos do restaurante e caminhamos até a praia e frente ao mar olhamos aquela brisa chegar o Bryan adorava os eventos em família mais foi mais que um almoço e um encontro de familiar, olhei em seus olhos e disse filho precisamos conversar? E ali sentados naquela pedra eu e o Henrique contamos toda verdade o Bryam chorava e sem entender nada nem os motivos injustificáveis, o Julian foi se aproximando e foi quando eu os apresentei como pai e filho.
O Henrique ao ver toda aquela cena caiu no chão e segurando peito desmaiou aquele dia estava todas as máscaras sendo caídas eu segurando o Henrique em meus braços enquanto o Bryan em choque chamava por ele e o Julian correu até o carro, a caminho do hospital tudo parecia desabar o Bryan segurando o Henrique, e ouviu ele pedir perdão e se despedir e em seus braços veio a falecer. O desespero do Bryan e o meu desespero quando chegamos ao hospital nada poderia ser mais feito apenas as lagrimas rolavam e nossos corações se despedaçavam, o Julian abraçou o Bryan que chorou ali sem forças. Tudo foi tão tragicamente escrito pelo destino que nos restava só sentir a nossa dor.
Todo processo de funeral e luto, o tempo e apoio que o Julian nos deu, me sinto grata mesmo depois de tudo que eu o fiz, O Bryan estava muito mais reservado e o Julian o respeitou sua decisão e durante muitos meses esperou o tempo que eles pudessem conversar, meus outros dois filhos não aceitava a morte do pai, foi um processo muito delicado, o Antony com 16 e a Karolaine de 15, além do Bryan de 18, todos estávamos com o coração ferido, tudo em nossa casa remetia a lembrança do Henrique.
Durante muitas vezes a comunicação do Julian foi inteiramentee direcionada ao Bryan, e apesar de tudo o Bryan me perdoou, após a morte do Henrique pensei muito na nossa mentira. E assim os dias foram decorrendo e quando vimos já se completava um ano e seis meses que o Henrique havia falecido. Eu estava saindo do mercado quando parei no sinal e o carro que estava ao lado era o do Julian, foi tão inesperado mas nos cumprimentamos e eu seguir para casa, os meses percorreram rapidamente minha rotina exaustiva de trabalho e cuidar das crianças, chegava por fim mais um natal e neste ano o Bryan me pediu para o Julian participar da cerimônia em nossa casa, eu jamais poderia negar, comemoramos aquele natal e a troca de presentes entre nós, a noite ia se despedindo enquanto conversávamos, e quando nos demos conta o dia havia amanhecido, o Julian se despediu de nós e fomos descansar, acordamos pela tarde e o Julian havia marcado de nos levar para um jantar, ele era bem atencioso com o Bryan e seus irmãos, eu não sabia muitas vezes expressar a minha gratidão ao Julian por todo afeto que ele doava.
Precisei fazer uma viagem de emergência para visitar meus pais e o Julian se prontificou a me acompanhar, era estranho ao mesmo tempo não era, ao chegar na casa dos meus pais minha mãe disse que meu pai estava no hospital tinha quebrado a perna eu fiquei tão tensa acabei passando aquela noite lá e o Julian ficou ao meu lado, acabamos dividindo o mesmo quarto, mais dormimos separados, pela manhã fomos visitar meu pai e contratei uma enfermeira para ficar com ele, eu me despedir dos meus pais e retornei para casa com o Julian, meus pais adorou revê-lo, ficaram muito felizes. Seguimos viagem e todo aquele percurso foi em silencio, ou posso dizer parte do caminho. Até que? O Julian me questionou por eu menti?
Ele encostou o carro e ali eu não pude mais adiar aquela conversa, lhe disse toda a verdade eu precisava limpar meu coração: Julian quando eu descobri que estava gravida fiquei desesperada sem saber o que fazer sem saber se deveria te contar e se você iria querer, fiquei confusa sem saber se você iria voltar, não queria destruir sua vida, passou tantas coisa na minha cabeça, mais acabei destruindo mesmo assim, porém me arrependo mais ao mesmo tempo não. Lembre-se de que você nunca lutou por mim talvez a minha escolha fosse a melhor para você. Me apaixonei pelo Henrique sem saber quando começou, e o amei até o dia de sua morte e o respeitei pelo homem que foi para mim e para as crianças.
E hoje? O que você sente?
Eu sinto medo, eu sinto-me cobrada totalmente sufocada mesmo depois de tanto tempo meus ex sogros me tiram da paciência. Mas vai ficar tudo bem em breve.
Eu não consigo te odiar mesmo depois de tudo que ocorreu, te rever naquele dia foi como aceder a chama que ardia dentro de mim, foi como a primeira vez que ti vi no colégio, só eu sei o quando eu suportei todo esse tempo tentando compreender sobretudo, você foi uma decepção, mas eu não conseguia nunca odiar você e sentir raiva, meus sentimentos só cresciam, quando mais longe eu estava eu pensava mais em você. Quando você me disse que nunca lutei por nos dois, é uma verdade eu tinha medo de não ser suficiente de não conseguir te fazer feliz como você merecia, eu vivia na minha escuridão tinha medo de perder você e ao mesmo tempo não queria te prender. Mas eu perdi e sofri muito por tudo, mas eu seguir minha vida me sentia culpado, mais depois que o tempo passou achei claramente que havia superado, mais ao retornar para esta cidade e encontrar o Bryan, eu despertei um sentimento que nunca havia tido em mim. Era injustificável qualquer coisa que tentasse me dizer, mais meu coração mesmo partido não conseguia deixar de amar você minha maior loucura era você eu tinha raiva e tinha amor eu era grato e ao mesmo tempo mágoa.
Minha felicidade me preocupava e eu tinha medo de não conseguir nem ter o amor de alguém que viveu longe de mim, eu escolhi perdoar você por que você me deu sentido para viver todos os dias, conhecer o Bryan despertou um sentimento que nunca imaginei ter eu tenho raiva do Henrique ele tirou de mim a minha conexão paternal com meu filho ele me apagou construir será árduo para Bryan mais eu enfrentarei, eu não consigo ficar longe dele um instante que já sinto saudade, te rever todas as vezes me causa dor, de amar você e pelo passado de mentiras, mais eu estou tentando ser firme comigo mesmo, meus pais nem acreditam sobre o Bryan imagina por que eu me sinto agora você negou existência do Bryan e arrancou a nossa chance de ele viver conosco. Não é tarde, mas eu não posso voltar dezoito anos atras e acompanhar tudo sobre ele, mas eu vou tentar ser o pai dele hoje amanhã e até quando eu estiver aqui.
Enquanto há nos dois que possamos respeitar nosso espaço e damos o tempo que for preciso, eu acolhi com mesmo amor todos seus filhos e quero ficar presente na vida deles, não quero substituir só quero estar, eu continuei te amando e vejo em teus olhos uma dor imensa e um desejo de se permitir, faça o que seu coração deseja. Eu estarei aqui te esperando como na estação de trem em 1998.
Autora Laise Leite
Os textos aqui escritos são inteiramente sobre a minha linha de pensamento particular. Os direitos autorais aqui são reservados a Laise Leite, não publique sem autorização.
Opiniões em relação aos textos e imagens postar comentários, com base de que os textos e imagens não tem pretensão em interferir na sua subjetividade.
21/09/2022 22:27
Nenhum comentário:
Postar um comentário